sexta-feira, 24 de abril de 2009

Norte Sideral


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Foi isso que vi: berrante luz!
o livro sem nome e sem final
abriu uma fenda sideral
nas miragens dos campos hindús?
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Qual é o norte e qual é o sul?
tampouco necessário é conhecer,
em assombro, o monolito deslizante
da odisséia no espaço é fosforecer.
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Cintilante luz. Rompe o fastio,
o cansaço que repete o dia
introduz nova cartografia
e expele do velho homem a magia.



2 comentários:

Savio Gomes música&poesia disse...

Eita, Robertson!!! Cada poema, um risco de luz sobre nossas almas!Ou devo dizer, "Fotopoema"? O texto, a foto... ah!!! Faz um bem danado, numa madrugada chuvosa, onde o vinho acabou, deixando apenas o perfume que escapa da garrafa vazia! Ficou apenas aquilo que deve ser o espírito do vinho. Releio o "fotopoema" e recebo de presente tres flashes sucessivos que antecedem o barulho do trovão, que não tarda a cair! Introduzo-me no mágico instante que o próprio poeme me atinge, como um raio! Cumpre-se o dito do poema, eis que me torno mágico!

Um abraço fraterno,

Sávio Gomes

Tαиια Møиtαи∂øи disse...

Profundo, metafísico poema! Meu estilo predileto, gostei muito. As nuances dos sentidos(considerando a ambiguidade) que facilmente nos enganam e pode até nos levar a caminhos equivocados.

abraços