Descoberto em longínqua praia do Rio de Janeiro, um submarino fenício totalmente petrificado. Trata-se de um achado de grande valor arqueológico e que alterará o entendimento tecnológico da antiga civilização da Mesopotâmia.
Qual seria o sentido de um submarino fenício no litoral brasileiro? Alguns pesquisadores levantaram hipóteses de ligações com a Pedra da Gávea, que teria sido uma espécie de farol energético dos OVNIs e estes, teriam feito contatos com os antigos fenícios, que foram os verdadeiros descobridores do Brasil, na remota época de 1600 anos AC.
No flagrante ao lado, vê-se pesquisadora observando o casco do submarino, assim como percebe-se a proa fendida, provavelmente o resultado do choque com rochas, ocasionando a perda do dispositivo navegante. Acima percebe-se a escotilha superior.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
Interferências
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Em tempos eleitorais
Nada melhor do que lembramos algumas frases de Bakunin:
"Se você toma o mais ardoroso revolucionário e vesti-lo de poder absoluto, dentro de um ano ele se tornará pior do que um Tsar."
"Rejeição absoluta a qualquer autoridade, incluindo aquela que sacrifica a liberdade para a conveniencia do estado."
"A liberdade do homem consiste somente nisto: ele obedece somente as leis da natureza, porque ele proprio as reconhece como tal e não porque lhe foram impostas por qualquer vontade estranha, seja o que for, humana ou divina, coletiva ou individual."
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Emma Goldman - anarquista libertária
"Se não posso dançar, não é minha revolução"
Esta frase de Emma Goldman revela seu espírito libertário.
Aqueles que se acham livres, são os mais aprisionados. O individualismo forjado pelo liberalismo é a pior alienação política e social em toda história humana.
Muitos jovens, depois dessas eleições de 2010, pensarão ter liberdade para dançar, mas não a terão seja qual for o resultado.
Esta frase de Emma Goldman revela seu espírito libertário.
Aqueles que se acham livres, são os mais aprisionados. O individualismo forjado pelo liberalismo é a pior alienação política e social em toda história humana.
Muitos jovens, depois dessas eleições de 2010, pensarão ter liberdade para dançar, mas não a terão seja qual for o resultado.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Perambulação
Ando por aí mesmo e
não me canso mais como antes.
Também não vejo os outros...
não sei, tudo ficou esquisito.
O vento passa por baixo e
o capim nasce no alto.
Sinhá Carminha,
nem liga e nem me chama,
chego a pegar a enxada,
mas não tem mais cabo...
olho as mãos, não vejo os calos, nem a escada.
Nunca subi pros quartos.
Quem encera lá, é a Bastiana,
que também passa o escovão.
Embaixo sou eu, faço tudo:
carrego, capino,
mato e limpo os bichos.
O Sinhô Altamir come e dorme.
Se ele mandar pegar um leitão,
nem sei o que vai ser,
nunca mais vi um solto.
Tudo é estranho,
já não conheço esse povo novo,
mas não arredo o pé daqui,
os meus vão voltar e aí, já tô aqui.
Vai ser uma reclamação só!
não me canso mais como antes.
Também não vejo os outros...
não sei, tudo ficou esquisito.
O vento passa por baixo e
o capim nasce no alto.
Sinhá Carminha,
nem liga e nem me chama,
chego a pegar a enxada,
mas não tem mais cabo...
olho as mãos, não vejo os calos, nem a escada.
Nunca subi pros quartos.
Quem encera lá, é a Bastiana,
que também passa o escovão.
Embaixo sou eu, faço tudo:
carrego, capino,
mato e limpo os bichos.
O Sinhô Altamir come e dorme.
Se ele mandar pegar um leitão,
nem sei o que vai ser,
nunca mais vi um solto.
Tudo é estranho,
já não conheço esse povo novo,
mas não arredo o pé daqui,
os meus vão voltar e aí, já tô aqui.
Vai ser uma reclamação só!
Tic Tac
Amo tictacs. É muito bom ouvir o relógio trabalhando, mas tem que ser relógio de corda. Isto é importante, pois lhe compete abastece-lo de energia, dando-lhe corda diariamente.
Depois, menos constatar horas e mais sentir na alma o tempo escorrendo. Vão os segundos, os tics seguidos de tacs, os minutos, as horas, os tics repetindo-se entre os tacs.
Quando a corda se enfraquece, os tictacs se ressentem também, falta-lhes o vigor sonoro de suas batidas, e, quando no limiar da parada, com o compasso alterado, parece-me que o tempo, soberano, esmaga com seu peso infinito, em sua própria inexistência, as vãs autorreferencias humanas.
Vez ou outra, isso ocorre, é uma inquietação pertubadora, saber que esse tempo, que sai do passado em direção do futuro, é uma invenção humana. O tempo orgânico.
Diariamente, tomo o relógio de xadrez nas mãos, dou-lhe corda, acerto as horas e relaxo de novo, no escoar incessante do tempo ocioso.
Depois, menos constatar horas e mais sentir na alma o tempo escorrendo. Vão os segundos, os tics seguidos de tacs, os minutos, as horas, os tics repetindo-se entre os tacs.
Quando a corda se enfraquece, os tictacs se ressentem também, falta-lhes o vigor sonoro de suas batidas, e, quando no limiar da parada, com o compasso alterado, parece-me que o tempo, soberano, esmaga com seu peso infinito, em sua própria inexistência, as vãs autorreferencias humanas.
Vez ou outra, isso ocorre, é uma inquietação pertubadora, saber que esse tempo, que sai do passado em direção do futuro, é uma invenção humana. O tempo orgânico.
Diariamente, tomo o relógio de xadrez nas mãos, dou-lhe corda, acerto as horas e relaxo de novo, no escoar incessante do tempo ocioso.
domingo, 1 de agosto de 2010
Cores e Texturas
Alexis Rebulla é o artista plástico em destaque, vejam um pouco de seu trabalho
http://www.youtube.com/watch?v=1Gvp1tX6Wfc
http://www.youtube.com/watch?v=1Gvp1tX6Wfc
terça-feira, 22 de junho de 2010
Vida de Ascensorista
– quinto andar, por favor.
– oi, doze.
– treze.
– vou pro sétimo.
– bom dia, décimo.
– quinto andar.
– Sobe!!
Vrumm plac!
– quinto andar!
Tum! Vrum!
– dá licença, obrigada.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– sétimo andar. Subindo!
– obrigado.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– décimo segundo.
– o senhor não parou no dez, quer marcar, por favor.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– décimo terceiro...Desce!!
– descendo?
– descendo.
Tum! Vrum!
– décimo andar.
– até que enfim.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– térreo. Sobe!
– décimo primeiro, por gentileza.
– pois não, senhora.
– quarto, mas...como estava dizendo, ele acabou descobrindo tudo, minha filha, foi um escândalo...
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– quarto andar!
– e os dois continuam trabalhando aqui?
– continuam, você precisava ver...
– sobe!
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– décimo primeiro, senhora.
– obrigada.
– de nada.
Vrumm plac!
– fala negão, viu o jogo de ontem?
– terceiro, valeu?
– aquele jogo horroroso.
– nono andar.
– não achei, não! Pô, tu não viu o Pet, como jogou?
– oito, por favor.
– subindo!
– hei, moço, espera.
Vrumm plac!
– o onze, obrigada, viu.
– pô, ele fez um golaço.
– terceiro andar.
Tum! Vrum!
...
Vrumm plac!
Trim, trim
– que é?
– já viu a morena aí atrás de você, ô trouxa.
–Deixa eu trabalhar...Oitavo andar!
– valeu, negão.
Tum! Vrum!
– nono andar.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– décimo primeiro andar.
– moço, é aqui que fica a loja de conserto de relógio, não é?
– é ali, moça. Segue em frente, é a porta de vidro a direita.
– obrigadinho.
Vrumm plac!
Trim, trim
– que é dessa vez.
– que é que ela queria?
– não enche rapaz. Desce!
Tum! Vrum!
– desce!
Vrumm plac!
– Pô, cara. Tenho que ir a quatro bancos, olha o monte de coisa pra pagar.
– e aí, seu Antônio, firme aí nas paradas?
– como sempre. Desce!
Vrumm plac!
Tum! Vrum!
– térreo. Sobe!
– o INCB, fica no oito, né?
– não, no nove.
– é pra lá que vou.
– treze...então cara, tu tem que fazer alguma coisa, vai deixar assim mole?
– por favor, o doze.
Vrumm plac!
– a única coisa que dá cana é não pagar pensão.
Tumm prac tum
– uau, o que foi isso? O elevador parou, ai meu Deus.
– ô José, o gerador entrou?
Prac tumm prac
– é assim mesmo, de vez em quando acontece, mas o gerador já entrou.
– nono andar.
– acho que vou descer aqui, também.
Vrumm plac
– décimo.
Vrumm plac
– décimo terceiro.
– valeu, chefe.
– descendo!
– obrigada, moço.
– de nada. Resolveu teu assunto na relojoaria?
Vrumm plac
– eles disseram, pra “mim” voltar na outra semana.
Tumm prac tum
– ai moço, o que tá acontecendo? Ai, moço, me acode. Por que parou?
– calma moça, espera, não precisa ficar apavorada, já vai resolver.
– ai, moço. Vou chorar, eu tenho medo de elevador parado. Me dá a mão, moço.
– calma moça, não vai cair não, moça...Espera aí... Não me agarra.
Trim, trim
– calma, deixa atender o interfone, espera.
– ai, ai, ai, ai. Meu Deus! Me tira daqui, moço.
– O que houve aí embaixo, agora?
– deu um breique aqui no disjuntor, você tá aproveitando, hein negão.
– vai à merda, porra!
– moço, o senhor tá me xingando?
– não, moça, tô xingando a besta lá de baixo.
Prac tumm prac
– pronto, moça, já estamos descendo.
– glória a Deus, bem que minha mãe falou pra eu ir à igreja de manhã.
– Chegamos. Vai com Deus minha filha.
– Vai subir, moço?
– Não! Enguiçou, esperando a manutenção, pega o elevador 2...Tu não é mole, vai acabar despedido, vai ver!
– Chega aí, Antonio. Que coisinha, hein? Botei na tua mão, hein. Quero ver tu fazer isso comigo.
– vai esperando, cara de pau. Isso não se faz. Não me aproveito de ninguém. Vou desligar aquela câmera, quando você tiver na portaria e tem mais, vou falar com o supervisor a teu respeito. Não tô aqui, pra brincar contigo, não. Moleque!
– oi, doze.
– treze.
– vou pro sétimo.
– bom dia, décimo.
– quinto andar.
– Sobe!!
Vrumm plac!
– quinto andar!
Tum! Vrum!
– dá licença, obrigada.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– sétimo andar. Subindo!
– obrigado.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– décimo segundo.
– o senhor não parou no dez, quer marcar, por favor.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– décimo terceiro...Desce!!
– descendo?
– descendo.
Tum! Vrum!
– décimo andar.
– até que enfim.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– térreo. Sobe!
– décimo primeiro, por gentileza.
– pois não, senhora.
– quarto, mas...como estava dizendo, ele acabou descobrindo tudo, minha filha, foi um escândalo...
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– quarto andar!
– e os dois continuam trabalhando aqui?
– continuam, você precisava ver...
– sobe!
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– décimo primeiro, senhora.
– obrigada.
– de nada.
Vrumm plac!
– fala negão, viu o jogo de ontem?
– terceiro, valeu?
– aquele jogo horroroso.
– nono andar.
– não achei, não! Pô, tu não viu o Pet, como jogou?
– oito, por favor.
– subindo!
– hei, moço, espera.
Vrumm plac!
– o onze, obrigada, viu.
– pô, ele fez um golaço.
– terceiro andar.
Tum! Vrum!
...
Vrumm plac!
Trim, trim
– que é?
– já viu a morena aí atrás de você, ô trouxa.
–Deixa eu trabalhar...Oitavo andar!
– valeu, negão.
Tum! Vrum!
– nono andar.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– décimo primeiro andar.
– moço, é aqui que fica a loja de conserto de relógio, não é?
– é ali, moça. Segue em frente, é a porta de vidro a direita.
– obrigadinho.
Vrumm plac!
Trim, trim
– que é dessa vez.
– que é que ela queria?
– não enche rapaz. Desce!
Tum! Vrum!
– desce!
Vrumm plac!
– Pô, cara. Tenho que ir a quatro bancos, olha o monte de coisa pra pagar.
– e aí, seu Antônio, firme aí nas paradas?
– como sempre. Desce!
Vrumm plac!
Tum! Vrum!
– térreo. Sobe!
– o INCB, fica no oito, né?
– não, no nove.
– é pra lá que vou.
– treze...então cara, tu tem que fazer alguma coisa, vai deixar assim mole?
– por favor, o doze.
Vrumm plac!
– a única coisa que dá cana é não pagar pensão.
Tumm prac tum
– uau, o que foi isso? O elevador parou, ai meu Deus.
– ô José, o gerador entrou?
Prac tumm prac
– é assim mesmo, de vez em quando acontece, mas o gerador já entrou.
– nono andar.
– acho que vou descer aqui, também.
Vrumm plac
– décimo.
Vrumm plac
– décimo terceiro.
– valeu, chefe.
– descendo!
– obrigada, moço.
– de nada. Resolveu teu assunto na relojoaria?
Vrumm plac
– eles disseram, pra “mim” voltar na outra semana.
Tumm prac tum
– ai moço, o que tá acontecendo? Ai, moço, me acode. Por que parou?
– calma moça, espera, não precisa ficar apavorada, já vai resolver.
– ai, moço. Vou chorar, eu tenho medo de elevador parado. Me dá a mão, moço.
– calma moça, não vai cair não, moça...Espera aí... Não me agarra.
Trim, trim
– calma, deixa atender o interfone, espera.
– ai, ai, ai, ai. Meu Deus! Me tira daqui, moço.
– O que houve aí embaixo, agora?
– deu um breique aqui no disjuntor, você tá aproveitando, hein negão.
– vai à merda, porra!
– moço, o senhor tá me xingando?
– não, moça, tô xingando a besta lá de baixo.
Prac tumm prac
– pronto, moça, já estamos descendo.
– glória a Deus, bem que minha mãe falou pra eu ir à igreja de manhã.
– Chegamos. Vai com Deus minha filha.
– Vai subir, moço?
– Não! Enguiçou, esperando a manutenção, pega o elevador 2...Tu não é mole, vai acabar despedido, vai ver!
– Chega aí, Antonio. Que coisinha, hein? Botei na tua mão, hein. Quero ver tu fazer isso comigo.
– vai esperando, cara de pau. Isso não se faz. Não me aproveito de ninguém. Vou desligar aquela câmera, quando você tiver na portaria e tem mais, vou falar com o supervisor a teu respeito. Não tô aqui, pra brincar contigo, não. Moleque!
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Desvario Real
No devastado campo,
entre linhas e colunas,
sem mais as hereges eminências,
nem os valentes cavaleiros e peões,
nem mesmo castelos e Ladies MacBeths,
ainda vivos, os obstinados reis,
insanos como Lear,
permaneciam entreolhando-se.
A despeito dos seus alter egos,
agiam como robôs rebeldes.
O Branco Hamlet invadido
por fantasmas procurava ferir,
o rei usurpador.
O Negro Otelo acometido de violentos ciúmes,
fugia das assombrações do coração,
não sem antes entregar sua amada Dama à morte.
Rd5 - Re8
Re6 - Rf8
Qual deles sucumbirá a maior ira?
entre linhas e colunas,
sem mais as hereges eminências,
nem os valentes cavaleiros e peões,
nem mesmo castelos e Ladies MacBeths,
ainda vivos, os obstinados reis,
insanos como Lear,
permaneciam entreolhando-se.
A despeito dos seus alter egos,
agiam como robôs rebeldes.
O Branco Hamlet invadido
por fantasmas procurava ferir,
o rei usurpador.
O Negro Otelo acometido de violentos ciúmes,
fugia das assombrações do coração,
não sem antes entregar sua amada Dama à morte.
Rd5 - Re8
Re6 - Rf8
Qual deles sucumbirá a maior ira?
Ciranda de Luz
Súbita interferência no negro,
explodem no espaço vazio.
Os vértices de velozes fractais
ferem a quietude do nada negro;
o branco jorra em leitoso passeio
o véu sobre a ciranda de luz.
Uma assembleia vermelha
de corpúsculos abraçados,
saltiltam frenéticos, sobre o negro nada negro.
Fugazes vermelhos dançantes,
enevoados pelo branco véu.
Fugazes vermelhos dançantes, enevoados pelo branco...
Fugazes vermelhos dançantes...
Fugazes vermelhos...
Fugazes...
...
terça-feira, 11 de maio de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)