domingo, 5 de abril de 2009

Dureza Submissa



Ah, dureza submissa

tua alma é torcida e revirada.

Furtivos em ti escondem

beijos sugados e chupados,

em tua língua lisa e desmascarada.
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Meu olhar te descobre,

te desnuda e te penetra.

deslizo pelas tuas curvas abusadas.

Ah, que forma adorável e perfeita

tu és leve e descasada.
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Escorre tua saliva doce
pela minha mão
pousada na fria textura
impregnada
de segredos esquecidos.

2 comentários:

Lourdinha Duquesnois Rébula disse...

Lindo os versos !!!!! Amei!!!

Beto Rébula disse...

Publico o comentário-poema do meu amigo Sávio, poeta e perscrutador da alma humana:
"Robertson:

Surpreendente o poema! Belo, preciso, mensageiro, visceral!
Interessante também a subjetividade da bela escada, "art nouveau"...

Ah, o Inconsciente e sua sutileza! A escada contorcida, como corpo, a escada com a sua entrada, quase vaginal... os degraus que conduzem passos certos, incertos, felizes e infelizes...
Degraus que conduzem à mulher amada,os mesmos degraus que conduzem passos que se separam...
Degraus que sussurram segredos ardentes que muitas vezes se desgastam mais que a superfície do piso de que é construído!

A escada fica, o amor se descontorce perdido às vezes, nos confins da própria memória do amor que havia sido outrora!

Com o abraço de Sávio Roberto"