quinta-feira, 11 de junho de 2009

orgulho

Orgulho é feito de fel,
Na índole tirana é rei,
Sorrateiro, teima ser a lei,
Numa terra sem menestrel.

Pensa ser chama viva,
Fria vaidade empedernida,
Sustenta um rasgado pendão
Dos feridos por traição,
Segue mudo à trilha da comoção,
Sem jamais contemplar a grandeza do perdão.

Vil sentimento que amordaça,
Alma velha e sufocada,
Alimentada pelo fogo que não apaga
Endurece como uma couraça.

Arrastam correntes e ferros retorcidos,
Malditas proas encalhadas,
Afundadas no raso final das vidas,
Desprezam a conciliação das mãos espalmadas.

Um comentário:

Lourdinha Duquesnois Rébula disse...

"vil sentimento que amordaça"...
é o ressentimento que aprisiona