– quinto andar, por favor.
– oi, doze.
– treze.
– vou pro sétimo.
– bom dia, décimo.
– quinto andar.
– Sobe!!
Vrumm plac!
– quinto andar!
Tum! Vrum!
– dá licença, obrigada.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– sétimo andar. Subindo!
– obrigado.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– décimo segundo.
– o senhor não parou no dez, quer marcar, por favor.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– décimo terceiro...Desce!!
– descendo?
– descendo.
Tum! Vrum!
– décimo andar.
– até que enfim.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– térreo. Sobe!
– décimo primeiro, por gentileza.
– pois não, senhora.
– quarto, mas...como estava dizendo, ele acabou descobrindo tudo, minha filha, foi um escândalo...
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– quarto andar!
– e os dois continuam trabalhando aqui?
– continuam, você precisava ver...
– sobe!
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– décimo primeiro, senhora.
– obrigada.
– de nada.
Vrumm plac!
– fala negão, viu o jogo de ontem?
– terceiro, valeu?
– aquele jogo horroroso.
– nono andar.
– não achei, não! Pô, tu não viu o Pet, como jogou?
– oito, por favor.
– subindo!
– hei, moço, espera.
Vrumm plac!
– o onze, obrigada, viu.
– pô, ele fez um golaço.
– terceiro andar.
Tum! Vrum!
...
Vrumm plac!
Trim, trim
– que é?
– já viu a morena aí atrás de você, ô trouxa.
–Deixa eu trabalhar...Oitavo andar!
– valeu, negão.
Tum! Vrum!
– nono andar.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– décimo primeiro andar.
– moço, é aqui que fica a loja de conserto de relógio, não é?
– é ali, moça. Segue em frente, é a porta de vidro a direita.
– obrigadinho.
Vrumm plac!
Trim, trim
– que é dessa vez.
– que é que ela queria?
– não enche rapaz. Desce!
Tum! Vrum!
– desce!
Vrumm plac!
– Pô, cara. Tenho que ir a quatro bancos, olha o monte de coisa pra pagar.
– e aí, seu Antônio, firme aí nas paradas?
– como sempre. Desce!
Vrumm plac!
Tum! Vrum!
– térreo. Sobe!
– o INCB, fica no oito, né?
– não, no nove.
– é pra lá que vou.
– treze...então cara, tu tem que fazer alguma coisa, vai deixar assim mole?
– por favor, o doze.
Vrumm plac!
– a única coisa que dá cana é não pagar pensão.
Tumm prac tum
– uau, o que foi isso? O elevador parou, ai meu Deus.
– ô José, o gerador entrou?
Prac tumm prac
– é assim mesmo, de vez em quando acontece, mas o gerador já entrou.
– nono andar.
– acho que vou descer aqui, também.
Vrumm plac
– décimo.
Vrumm plac
– décimo terceiro.
– valeu, chefe.
– descendo!
– obrigada, moço.
– de nada. Resolveu teu assunto na relojoaria?
Vrumm plac
– eles disseram, pra “mim” voltar na outra semana.
Tumm prac tum
– ai moço, o que tá acontecendo? Ai, moço, me acode. Por que parou?
– calma moça, espera, não precisa ficar apavorada, já vai resolver.
– ai, moço. Vou chorar, eu tenho medo de elevador parado. Me dá a mão, moço.
– calma moça, não vai cair não, moça...Espera aí... Não me agarra.
Trim, trim
– calma, deixa atender o interfone, espera.
– ai, ai, ai, ai. Meu Deus! Me tira daqui, moço.
– O que houve aí embaixo, agora?
– deu um breique aqui no disjuntor, você tá aproveitando, hein negão.
– vai à merda, porra!
– moço, o senhor tá me xingando?
– não, moça, tô xingando a besta lá de baixo.
Prac tumm prac
– pronto, moça, já estamos descendo.
– glória a Deus, bem que minha mãe falou pra eu ir à igreja de manhã.
– Chegamos. Vai com Deus minha filha.
– Vai subir, moço?
– Não! Enguiçou, esperando a manutenção, pega o elevador 2...Tu não é mole, vai acabar despedido, vai ver!
– Chega aí, Antonio. Que coisinha, hein? Botei na tua mão, hein. Quero ver tu fazer isso comigo.
– vai esperando, cara de pau. Isso não se faz. Não me aproveito de ninguém. Vou desligar aquela câmera, quando você tiver na portaria e tem mais, vou falar com o supervisor a teu respeito. Não tô aqui, pra brincar contigo, não. Moleque!
– oi, doze.
– treze.
– vou pro sétimo.
– bom dia, décimo.
– quinto andar.
– Sobe!!
Vrumm plac!
– quinto andar!
Tum! Vrum!
– dá licença, obrigada.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– sétimo andar. Subindo!
– obrigado.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– décimo segundo.
– o senhor não parou no dez, quer marcar, por favor.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– décimo terceiro...Desce!!
– descendo?
– descendo.
Tum! Vrum!
– décimo andar.
– até que enfim.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– térreo. Sobe!
– décimo primeiro, por gentileza.
– pois não, senhora.
– quarto, mas...como estava dizendo, ele acabou descobrindo tudo, minha filha, foi um escândalo...
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– quarto andar!
– e os dois continuam trabalhando aqui?
– continuam, você precisava ver...
– sobe!
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– décimo primeiro, senhora.
– obrigada.
– de nada.
Vrumm plac!
– fala negão, viu o jogo de ontem?
– terceiro, valeu?
– aquele jogo horroroso.
– nono andar.
– não achei, não! Pô, tu não viu o Pet, como jogou?
– oito, por favor.
– subindo!
– hei, moço, espera.
Vrumm plac!
– o onze, obrigada, viu.
– pô, ele fez um golaço.
– terceiro andar.
Tum! Vrum!
...
Vrumm plac!
Trim, trim
– que é?
– já viu a morena aí atrás de você, ô trouxa.
–Deixa eu trabalhar...Oitavo andar!
– valeu, negão.
Tum! Vrum!
– nono andar.
Vrumm plac!
...
Tum! Vrum!
– décimo primeiro andar.
– moço, é aqui que fica a loja de conserto de relógio, não é?
– é ali, moça. Segue em frente, é a porta de vidro a direita.
– obrigadinho.
Vrumm plac!
Trim, trim
– que é dessa vez.
– que é que ela queria?
– não enche rapaz. Desce!
Tum! Vrum!
– desce!
Vrumm plac!
– Pô, cara. Tenho que ir a quatro bancos, olha o monte de coisa pra pagar.
– e aí, seu Antônio, firme aí nas paradas?
– como sempre. Desce!
Vrumm plac!
Tum! Vrum!
– térreo. Sobe!
– o INCB, fica no oito, né?
– não, no nove.
– é pra lá que vou.
– treze...então cara, tu tem que fazer alguma coisa, vai deixar assim mole?
– por favor, o doze.
Vrumm plac!
– a única coisa que dá cana é não pagar pensão.
Tumm prac tum
– uau, o que foi isso? O elevador parou, ai meu Deus.
– ô José, o gerador entrou?
Prac tumm prac
– é assim mesmo, de vez em quando acontece, mas o gerador já entrou.
– nono andar.
– acho que vou descer aqui, também.
Vrumm plac
– décimo.
Vrumm plac
– décimo terceiro.
– valeu, chefe.
– descendo!
– obrigada, moço.
– de nada. Resolveu teu assunto na relojoaria?
Vrumm plac
– eles disseram, pra “mim” voltar na outra semana.
Tumm prac tum
– ai moço, o que tá acontecendo? Ai, moço, me acode. Por que parou?
– calma moça, espera, não precisa ficar apavorada, já vai resolver.
– ai, moço. Vou chorar, eu tenho medo de elevador parado. Me dá a mão, moço.
– calma moça, não vai cair não, moça...Espera aí... Não me agarra.
Trim, trim
– calma, deixa atender o interfone, espera.
– ai, ai, ai, ai. Meu Deus! Me tira daqui, moço.
– O que houve aí embaixo, agora?
– deu um breique aqui no disjuntor, você tá aproveitando, hein negão.
– vai à merda, porra!
– moço, o senhor tá me xingando?
– não, moça, tô xingando a besta lá de baixo.
Prac tumm prac
– pronto, moça, já estamos descendo.
– glória a Deus, bem que minha mãe falou pra eu ir à igreja de manhã.
– Chegamos. Vai com Deus minha filha.
– Vai subir, moço?
– Não! Enguiçou, esperando a manutenção, pega o elevador 2...Tu não é mole, vai acabar despedido, vai ver!
– Chega aí, Antonio. Que coisinha, hein? Botei na tua mão, hein. Quero ver tu fazer isso comigo.
– vai esperando, cara de pau. Isso não se faz. Não me aproveito de ninguém. Vou desligar aquela câmera, quando você tiver na portaria e tem mais, vou falar com o supervisor a teu respeito. Não tô aqui, pra brincar contigo, não. Moleque!
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